Após a vacinação com as propostas da Moderna e da Pfizer/BioNTech, foi verificada uma inflamação nos gânglios linfáticos em algumas mulheres nos Estados Unidos. A reação, por se assemelhar a características de tumores malignos, chamou a atenção de profissionais de saúde.
Num estudo publicado no American Journal of Roentgenology, e citado pela Galileu, a investigadora Shabnam Mortazavi, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, procurou saber as razões para o inchaço.
Para isso, analisou registos de dezembro de 2020 a fevereiro de 2021 de um total de 23 mulheres, entre 21 e 49 anos, que apresentaram inflamação dos gânglios linfáticos na axila do mesmo lado do braço vacinado. Da amostra, 13% foram classificadas como sintomáticas devido à presença de nódulos. Em 43%, o inchaço foi detetado acidentalmente em exames de rastreio, como mamografia, ressonância magnética, entre outros. E noutros 43% dos casos, a reação foi identificada a partir de diagnósticos por imagem realizados por motivos distintos.
De acordo com o estudo, 57% das mulheres estavam com um nódulo anormal. “O estudo destaca a inflamação dos gânglios linfáticos axilares do mesmo lado do braço vacinado com Pfizer/BioNTech ou Moderna como uma reação com a qual radiologistas devem estar familiarizados”, explica a investigadora.
A investigadora ressalta que, para melhorar a avaliação dos casos de inchaço dos gânglios linfáticos e das suas possíveis causas, é fundamental ter em consideração a data em que o paciente foi vacinado contra o Sars-CoV-2 e o braço escolhido para a injeção.
Mas esta reação não necessariamente é preocupante. Segundo a especialista em radiologia da mama Holly Marshall, médica no Cleveland Medical Center (não envolvida no estudo), "o inchaço pode ser um sinal de que o seu corpo está a produzir anticorpos em resposta à vacina, como é esperado", disse.
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