O estudo introdutório foi feito pela mesma equipa de investigadores que descobriu a estirpe detetada na África do Sul, mas ainda não foi submetido para avaliação da comunidade científica e envolve um número reduzido de participantes.
Contudo, a confirmar-se os resultados desta investigação, poderá aumentar a esperança de que uma vacina baseada nesta variante consiga proteger a população contra futuras mutações.
De acordo com os resultados deste estudo, apresentados pelo grupo de investigadores que faz parte da Rede de Vigilância Genómica -- África do Sul, apenas 4% dos 55 participantes infetados com esta estirpe foi incapaz de resistir a outras mutações.
Identificada no final de 2020, a variante detetada na África do Sul é atualmente a dominante no país, o mais afetado pela pandemia em todo o continente.
Vários investigadores anunciaram que o plasma de pessoas infetadas com esta estirpe tem uma "boa atividade neutralizante" contra as mutações detetadas anteriormente e, possivelmente, para futuras adaptações do vírus.
A variante detetada na África do Sul "pode gerar um alto nível de anticorpos", explicou o virologista Túlio de Oliveira, em videoconferência.
A resposta do sistema imunitário decorrente desta estirpe é superior à de outras variantes, acrescentou.
Durante esta sessão, o ministro da Saúde sul-africano considerou que a descoberta é "uma boa notícia para todos" e um sinal de esperança na aceleração do controlo da pandemia.
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