Um novo estudo realizado pela empresa Medical Detection Dogs, no Reino Unido, publicado na revista científica PLOS ONE, associa, pela primeira vez, três elementos: o faro dos cães, inteligência artificial e amostras de exames de homens suspeitos de sofrerem de cancro da próstata.
Durante o estudo, os cães identificaram corretamente 71% dos exames positivos para o tumor. Por outro lado, obtiveram 73% de precisão ao ignorarem as amostras que eram negativas.
Valores que são similares ao do teste de cancro de próstata tradicionalmente utilizado - o PSA. Provando assim que uma triagem através do olfato canino pode ser um complemento ao exame de sangue comum.
De acordo com os investigadores, os animais detetaram compostos orgânicos voláteis do tipo mais agressivo e fatal de cancro da próstata.
Claire Guest, co-fundadora e diretora científica da Medical Detection Dogs, afirma: "tal é extremamente emocionante porque um dos desafios do teste de sangue PSA, o mais amplamente usado no momento, é que outras condições podem causar uma subida do PSA, mas não significa necessariamente que a pessoa tenha cancro".
"Os cães neste estudo foram capazes de diferenciar entre cancro e outras doenças da próstata com segurança", acrescentou.
Guest aponta que essas informações podem ajudar na deteção precoce, não invasiva e sensível de tumores na próstata.
Adicionalmente, os investigadores também consideram a hipótese de desenvolver dispositivos eletrónicos com a mesma capacidade do nariz canino.