Segundo o estudo, conduzido por cientistas da universidade britânica de Birmingham, entre 0,6% e 1,6% destes doentes ficam com covid-19 após a cirurgia, apresentando um risco de morte quatro a oito vezes superior à generalidade dos doentes nos 30 dias seguintes à cirurgia.
Os resultados do trabalho, publicados na revista médica British Journal of Surgery, resultam da análise de dados de 141.582 doentes de 1.667 hospitais em 116 países.
Os autores do artigo estimam que a vacinação pré-operatória contra a covid-19 para doentes com cirurgias programadas (cirurgias que não são urgentes ou de emergência) poderia prevenir 58.687 mortes adicionais relacionadas com a covid-19 num ano.
"A vacinação pré-operatória pode apoiar um reinício seguro da cirurgia programada, reduzindo significativamente o risco de complicações de covid-19 e prevenindo dezenas de milhares de mortes pós-operatórias relacionadas com a covid-19", sustentou, citado num comunicado da Universidade de Birmingham, um dos autores do estudo, Aneel Bhangu.
A pandemia da covid-19 provocou, pelo menos, 2.735.411 mortos no mundo, resultantes de mais de 124,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.805 pessoas dos 818.787 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A covid-19 é uma doença respiratória causada por um novo coronavírus (tipo de vírus) detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China, e que se disseminou rapidamente pelo mundo.
As vacinas em circulação destinam-se, sobretudo, a prevenir a covid-19 grave que pode levar à morte.