Estudo com 3,8 milhões indica eficácia de 97,6% da vacina Sputnik V

O estudo, que teve como base uma amostra de 3,8 milhões de pessoas que receberam a vacina russa entre dezembro de 2020 e março deste ano, ainda não foi publicado numa revista científica.

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Notícias ao Minuto
20/04/2021 11:36 ‧ 20/04/2021 por Notícias ao Minuto

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Covid-19

O Instituto Gamaleya, principal referência em microbiologia e virologia na Rússia, e o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) anunciaram que a vacina Sputnik V regista uma eficácia de 97,6% contra a Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, conforme reporta um artigo publicado na revista Galileu.

Segundo o estudo russo, o índice de infeção a partir do 35.º dia após a toma da primeira dose foi de somente 0,027%. Comparativamente, a outros adultos não vacinados no país, a incidência do SARS-CoV-2 chegou a 1,1%, tendo em conta o período de 35 dias depois do começo da campanha nacional de imunização.

Num comunicado emitido à imprensa, Kirill Dmitriev, CEO do RDIF, salienta a diferença entre os dados agora apurados e os dados clínicos divulgados pela revista The Lancet em fevereiro, que identificavam a eficiência da Sputnik V como sendo de 91,6%.

Pesquisa essa que na altura contou com menos participantes, nomeadamente 19.886, em que aproximadamente 15 mil haviam recebido a vacina russa e cujos efeitos do imunizantes haviam sido analisados no âmbito de ensaios clínicos, e não em condições reais de uso, que por sua vez validam ou não definitivamente a eficácia do produto.

"A análise dos dados da taxa de infecção de quase 4 milhões de pessoas vacinadas na Rússia mostra que a efetividade da vacina é ainda maior, chegando a 97,6%. Esses dados confirmam que a Sputnik V apresenta uma das melhores taxas de proteção contra o coronavírus entre todas as vacinas", diz Dmitriev.

A pesquisa, aponta a Galileu, que ainda não foi revista pelos seus pares, deverá ser submetida em maio para publicação numa revista científica.

Atualmente, a vacina Sputnik V já teve seu o uso autorizado em 60 países, incluindo a Argentina, Irão, México República do Congo e Síria. 

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