O chamado estudo 'Com-COV', aclamado o “primeiro a nível mundial” pelo governo do Reino Unido e liderado pela Universidade de Oxford, analisou as respostas do sistema imunitário de pessoas que receberam uma dose da vacina Oxford-AstraZeneca seguida de uma injeção Pfizer-BioNTech e vice-versa. O estudo concluiu que a mistura de vacinas aumenta a probabilidade de desenvolver sintomas leves a moderados.
Os dados, ainda preliminares, mostram que os participantes que receberam doses de vacinas diferentes contra a Covid-19 tiveram reações mais frequentes do que aqueles com o esquema padrão. Alguns dos sintomas leves a moderados relatados entre os participantes que receberam o esquema misto incluíram calafrios, fadiga, febre, dor de cabeça, dor nas articulações, mal-estar, dor muscular e dor no local da injeção. As reações adversas foram consideradas de curta duração.
Os dados foram registados entre participantes a partir dos 50 anos. Os investigadores acreditam que existe a possibilidade de reações adversas mais prevalentes em grupos de idades mais jovens.
Esta quarta-feira, no The Lancet, os investigadores do ensaio relataram que, quando administrados num intervalo de quatro semanas, ambos os esquemas alternados da vacina Oxford-AstraZeneca e da vacina Pfizer-BioNTech induziram reações mais frequentes após a segunda dose do que o esquema tradicional.
O ensaio recrutou, inicialmente, 830 voluntários com mais de 50 anos. Em abril, os investigadores estenderam o programa para incluir as vacinas Moderna e Novavax num novo estudo, conhecido como 'Com-COV2', o que adicionou mais 1.050 voluntários ao programa.
Leia Também: Vacina portuguesa pronta para ensaios clínicos mas aguarda apoio público