A pesquisa realizada por investigadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, divulgada no Science Immunology, demonstra que a droga farmacológica diABZI foi altamente eficaz em evitar a incidência de casos severos de Covid-19 em camundongos infetados com o novo coronavírus, reporta um artigo publicado na revista Galileu.
De acordo com os académicos, o diABZI é uma pequena molécula agonista de STING (estimulador de genes de Interferon), o que significa que tem a capacidade de se ligar a um recetor celular e ativá-lo de modo a provocar uma reação do organismo.
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No momento em que o SARS-CoV-2 entra no corpo humano, ataca as células epiteliais das vias respiratórias, porém consegue permanecer oculto, daí a dificuldade em identificar o vírus de imediato, o que consequentemente leva a uma resposta tardia do sistema imunitário.
Tendo em conta este quadro, explica a Galileu, os investigadores refletiram que seria possível encontrar fármacos - ou moléculas com propriedades semelhantes - que estimulam essa reação do organismo nas células respiratórias atempadamente, prevenindo a ocorrência de infeções graves de Covid-19.
Sara Cherry, professora na Universidade da Pensilvânia, disse num comunicado emitido à imprensa: "este é o primeiro artigo a mostrar que ativar uma resposta imunológica antecipada por meio de terapia com apenas uma dose é uma estratégia promissora para controlar o vírus, incluindo a variante sul-africana B.1.351".
O diABZI foi testado em roedores infetados pelo SARS-CoV-2, comparativamente a camundongos aos quais não foi administrado qualquer medicamento, os animais tratados com o fármaco perderam menos peso, além de apresentarem uma redução das cargas virais nos pulmões e narinas e a produção mais elevada de citocinas.
Os dados apurados sugerem que o diABZI estimula os interferons - proteínas com alta atividade antiviral - e aumenta a imunidade, atenuando assim o risco de experienciar sintomas graves consequentes do novo coronavírus.
Apesar, de atualmente o medicamento estar a ser usado em ensaios clínicos para o tratamento de tumores, a substância ainda aguarda a aprovação da Food and Drug Administration (FDA), órgão regulador de medicamentos nos Estados Unidos.
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