Pacientes hospitalizados com cancro ativo têm maior probabilidade de morrer por Covid-19 do que aqueles que sobreviveram ao cancro ou que nunca tiveram a doença, diz um estudo norte-americano, publicado recentemente na revista Cancer.
Para chegar a esta conclusão, os investigadores analisaram os registos de quase 4.200 pacientes hospitalizados no NYU Langone Medical Center, na cidade de Nova Iorque, EUA, que testaram positivo para o SARS-CoV-2. Desses pacientes, 233 tinham cancro ativo.
As taxas de mortalidade hospitalar por Covid-19 foram de cerca de 34% entre aqueles com cancro ativo, mas desceram para cerca de 28% entre aqueles com ou sem histórico de cancro, concluiu o estudo.
Segundo os investigadores, aqueles com cancro de sangue ativo tiveram o maior risco de morte.
As terapias contra o cancro - incluindo quimioterapia e imunoterapia - não foram relacionadas a um risco maior de morte, esclarecem. "Entre aqueles hospitalizados com cancro ativo e Covid-19, a terapia recente do cancro não foi associada a piores resultados", disse o líder do estudo, Daniel Becker, oncologista da NYU Langone.
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