Algumas pessoas relataram reações cutâneas - como erupções na pele com comichão, inchaço ou até mesmo dor no local onde receberam a vacina contra a Covid-19. Essa reação pode começar alguns dias após a primeira dose e, por vezes, as erupções cutâneas são muito grandes e podem ocorrer noutras partes do corpo além dos braços.
Uma nova pesquisa publicada recentemente no JAMA Dermatology e citada pela Healthline, analisa essas reações e procura saber se estas justificam adiar a segunda dose.
Para o estudo, uma equipa de alergologistas do Massachusetts General Hospital estudou 49.197 funcionários do Mass General Brigham vacinados com uma dose de vacinas mRNA (Pfizer ou Moderna).
Segundo os investigadores, as reações cutâneas foram relatadas por apenas 776 dos entrevistados após a primeira dose. As mais comuns foram erupção cutânea e comichão no local da injeção, e a idade média das pessoas que relataram uma reação foi de 41 anos.
Devemos ficar preocupados?
De acordo com Michele S. Green, dermatologista do Hospital Lenox Hill em Nova Iorque, as reações localizadas à vacina são bastante comuns e não são motivo para preocupação ou para adiar a segunda dose.
A especialista afirma que alguns pacientes também apresentaram inchaço no local dos preenchimentos cosméticos faciais após receber a vacina, mas essas reações são diferentes de uma forma rara de reação alérgica à mesma - choque anafilático. “Reações cutâneas não são contraindicação à vacina e não são motivo de alarme”, enfatizou. “Essas erupções cutâneas são distintas das reações anafiláticas imediatas, que precisam de atenção médica urgente”.
A dermatologista acredita que a irritação ou inchaço no local da injeção é um tipo de reação de hipersensibilidade dérmica relacionada com o nosso sistema imunitário. De acordo com a mesma, pode estar associado à resposta das células imunológicas a um componente da vacina.
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