Uma dose da vacina Sputnik V estimula produção até 94% de anticorpos
Estudo realizado por investigadores na Argentina revela que, três semanas após a toma da primeira dose da vacina russa, 94% dos indivíduos produziram anticorpos do tipo imunoglobulinas G.
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De acordo com um artigo publicado na revista Galileu, um estudo que envolveu 289 profissionais de saúde na Argentina aponta que uma única dose da vacina Sputnik V, pode causar uma "resposta significativa" no desenvolvimento de anticorpos contra o coronavírus SARS-CoV-2, por trás da doença da Covid-19.
Os investigadores relataram que 21 dias após a toma da primeira dose, 94% dos indivíduos produziram anticorpos do tipo imunoglobulinas G (IgG).
Mais ainda, 90% tinham no seu organismo anticorpos neutralizantes, que impedem o coronavírus de infetar outras células e se propagar.
Entretanto, três semanas decorrentes da segunda dose, 100% das pessoas adquiriram IgG.
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Segundo os investigadores, os voluntários que haviam estado anteriormente infetados com o novo coronavírus, registaram índices de anticorpos neutralizantes e de IgG "significativamente maiores" após uma única toma da Sputnik V, comparativamente a indivíduos que jamais haviam sido infetados pelo patógeno.
Todavia, no grupo de pessoas previamente doentes com Covid-19, a segunda dose não aumentou a produção de anticorpos neutralizantes.
Estes dados, explica a Galileu, sugerem que a proteção por uma infeção anterior pode somar-se à atribuída pelo imunizante.
Para Andrea Gamarnik, a principal autora do estudo: "tal destaca a resposta robusta à vacinação de indivíduos previamente infetados, sugerindo que a imunidade adquirida naturalmente pode ser aumentada o suficiente por uma única dose, de acordo com estudos recentes usando vacinas de mRNA".
"Evidências baseadas em informações quantitativas guiarão as estratégias de implantação de imunizantes em face da restrição de oferta mundial de vacinas", partilha Gamarnik.
Uma outra pesquisa divulgada em abril, feita com 3,8 milhões de indivíduos na Rússia, revelou que a taxa de infeção a partir do 35.º dia após a toma da primeira dose correspondeu somente a 0,027%. Nesse estudo, duas doses mostraram uma eficácia de 97,6% contra a Covid-19.
O novo estudo foi publicada na revista científica Cell Reports Medicine.
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