Fauci crê que é bastante provável que as estirpes da Covid-19 se tenham modificado nos corpos de indivíduos imunossuprimidos, ou seja em pessoas que apresentam uma diminuição ou supressão das reações imunitárias do organismo.
Os imunossuprimidos são assim incapazes de combater o vírus da Covid-19 durante semanas ou meses, fazendo com que o patógeno tenha tempo suficiente para progredir e adquirir mutações.
"Variantes, todos nós sabemos, surgiram por causa da pressão que o sistema imunológico humano exerceu sobre o vírus, muito provavelmente de pessoas imunossuprimidas que acabaram infetadas e ficaram com o vírus por dias e dias antes do desaparecimento do microrganismo ou morte, e isso essencialmente levou ao surgimento de uma variante", explicou Anthony Fauci, nesta terça-feira, numa discussão promovida pelo Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais.
Acrescentando: "achamos que é muito provável que seja o que aconteceu com a B.1.1.7 e o que aconteceu agora com a variante Delta atual".
Segundo a CNN, para o imunologista o desenvolvimento de novas estirpes virais afetará a criação de medicamentos futuros produzidos com o intuito de tratar a Covid-19
"Assim que começarmos a tratar a Covid-19 com novos antivirais, temos de planear e antecipar o surgimento de resistência aos medicamentos”, afirmou.
"Não vai ser o caso da pessoa ter um patógeno e um fármaco eficaz. Teremos sempre que estar prontos para continuar a desenvolver alternativas que possam acompanhar as variantes", concluiu Fauci.
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