BioNTech quer produzir vacinas em África "no próximo ano"

O laboratório alemão BioNTech anunciou hoje que pretende criar "no próximo ano" locais para a produção de vacinas com RNA mensageiro (mRNA) em África, nomeadamente no Senegal e no Ruanda.

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Lusa
27/08/2021 16:09 ‧ 27/08/2021 por Lusa

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Covid-19

 

A empresa está a "avaliar" a possível instalação de fábricas nestes dois países para "apoiar o fornecimento de vacinas aos Estados-membros da União Africana (UA)", segundo um comunicado citado pela agência France-Presse (AFP).

A decisão surge após uma recomendação nesse sentido feita pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC).

O diretor e cofundador da BioNTech, Ugur Sahin, disse estar "confiante" após uma reunião sobre o assunto realizada em Berlim e que o início destas instalações pode acontecer "em qualquer momento do próximo ano".

"A BioNTech reafirma o seu compromisso de produzir no continente africano as vacinas mRNA contra a malária e a tuberculose atualmente em desenvolvimento", acrescentou a empresa, que se associou à norte-americana Pfizer para a produção de uma vacina contra a covid-19.

A empresa, sediada em Mogúncia, na Alemanha Ocidental, disse no final de junho que planeava aplicar a tecnologia de mRNA ao combate contra a malária, com ensaios clínicos a começar no próximo ano.

Causada por um parasita transmitido por mosquitos, a malária continua a ser uma doença infecciosa temida -- em particular em África -- causando cerca de 400.000 mortes por ano.

O anúncio foi saudado pelos chefes de Estado de Senegal e Ruanda.

O Presidente senegalês, Macky Sall, falou num "dia histórico na luta pelo acesso às vacinas", enquanto o homólogo ruandês, Paul Kagame, saudou a iniciativa e a "visão" da BioNTech de estabelecer a produção em África.

Atualmente, apenas cerca de 1% das vacinas utilizadas em África são fabricadas no continente.

A UA pretende aumentar esta relação para 60% até 2040.

Leia Também: AO MINUTO: Lisboa passa 400 mil casos; Rt sobe e incidência desce

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