Uma equipa de cientistas ingleses descobriu que monitorizar a respiração pode ajudar a entender a atividade cerebral e auxiliar no diagnóstico precoce de doenças que levam ao declínio cognitivo, como o Alzheimer.
O estudo publicado, no início do mês, na Brain Communications, revela que os doentes com Alzheimer respiram a um ritmo mais acelerado: cerca de 17 respirações por minutos, face às 13 do grupo de controlo.
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Os cientistas sugerem que o comprometimento cognitivo, devido à doença, causa uma menor capacidade de circulação de oxigénio no órgão. Para compensar, o corpo aumenta a frequência respiratória. "Pode-se, inclusive, supor que o Alzheimer seja resultado de o cérebro não ser adequadamente nutrido pelos vasos sanguíneos", defende a neurocientista Aneta Stefanovska, a principal autora do estudo, em comunicado de imprensa.
Esta investigação envolveu 19 doentes com Alzheimer e 20 pessoas saudáveis. A descoberta pode ajudar não só o diagnóstico como o tratamento da doença.
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Recorde-se que Alzheimer é considerada uma demência, termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço. Para a maioria não existe tratamento. Porém, está provado que cerca de 40% das demências podem ser prevenidas ou atrasadas.
A Organização Mundial de Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo, número que pode chegar os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões.
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