O estudo, citado pela CNN Brasil, foi coordenado pelo professor doutor Paulo Ricardo Martins Filho, da Universidade Federal de Sergipe (UFS).
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Segundo o artigo científico, divulgado no The Lancet, foram analisados 2.871 estudos ligados à utilização de hidroxicloroquina, publicados entre janeiro de 2020 e maio de 2021. Pesquisas essas que foram sujeitas a uma meta-análise (método que combina os resultados de vários estudos com o intuito de formular uma conclusão sólida) de 14 ensaios clínicos.
"A nossa meta-análise sintetiza a melhor evidência disponível sobre a eficácia e segurança da hidroxicloroquina na prevenção e tratamento de pacientes com Covid-19", contou Martins à CNN.
"Os resultados desse estudo mostram que a hidroxicloroquina não é eficaz como profilaxia pré-exposição ou pós-exposição ao SARS-CoV-2, assim como não é eficaz no tratamento de indivíduos com Covid-19, seja entre aqueles com as formas mais leves da doença, seja entre aqueles hospitalizados com as formas mais severas da infeção", explicou o investigador.
Adicionalmente, Martins mencionou que a pesquisa registou um aumento no risco de incidência de quadros adversos, como por exemplo problemas gastrointestinais.
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