Molnupiravir pode ser o primeiro tratamento contra a Covid em comprimido

O comprimido antirretroviral, produzido pelos laboratórios Merck Sharp & Dohme (MSD) foi aprovado nesta quinta-feira, dia 4 de novembro, para uso no Reino Unido.

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Notícias ao Minuto
05/11/2021 07:41 ‧ 05/11/2021 por Notícias ao Minuto

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Coronavírus

O antirretroviral Molnupiravir, desenvolvido pelos laboratórios Merck Sharp & Dohme (MSD) pode ser o primeiro tratamento contra Covid-19 na forma de comprimido.

Segundo um novo estudo, citado pela CNN, o uso do fármaco reduz em metade o risco de alguém com Covid-19 necessitar de ser internado ou de morrer vítima da doença pandémica.

Todavia, o medicamento não substitui a vacinação, sendo sim um complemento eficaz para combater a patologia. 

Leia Também: EMA vai permitir uso de emergência de medicamento da Merck contra Covid

Contrariamente ao efeito das vacinas, que estimulam uma resposta imunológica, o Molnupiravir inibe a multiplicação do vírus, explicou à CNN Sanjaya Senanayake, médico de doenças infeciosas e professor associado de medicina da Escola de Medicina da Universidade Nacional da Austrália. 

"Em certo sentido, faz com que o vírus produza ‘crias’ prejudiciais à saúde", referiu. 

"Como terapêutica oral, o Molnupiravir oferece um acréscimo importante às vacinas e medicamentos implantados até agora para combater a pandemia de Covid-19", sublinhou Dean Y. Li, vice-presidente executivo e presidente da Merck Research Laboratories.

O estudo com o Molnupiravir foi realizada com 775 indivíduos em mais de 170 países.

Como funciona o Molnupiravir?

Ora, e conforme explica a CNN, assim que uma pessoa testa positivo para a Covid-19, esta pode começar um tratamento com o Molnupiravir.

No estudo divulgado, pacientes com mais de 18 anos, que sofriam de Covid leve ou moderada e que não estavam vacinados, receberam 800 mg do comprimido duas vezes por dia.

Os voluntários envolvidos na pesquisa eram afetadas por pelo menos um fator de risco para a Covid-19, como por exemplo ter mais de 60 anos, sofrer de doença cardíaca e diabetes ou de obesidade. 

Os participantes tomaram o comprimido ou um placebo dentro de cinco dias a partir da manifestação de sintomas. Após 29 dias, nenhum dos que tomou o Molnupiravir morreu, comparativamente às oito mortes registadas entre quem recebeu o placebo.

Wendy Holman, diretora executiva da farmacêutica Ridgeback Biotherapeutics, que está a colaborar com o trabalho, disse num comunicado que os dados apurados são encorajadores. 

"Tratamentos antivirais que podem ser tomados em casa para manter as pessoas com Covid-19 fora do hospital são extremamente necessários", partilhou.

Os especialistas concordam que o comprimido é verdadeiramente promissor. Visto que ao invés dos pacientes aguardarem a evolução da patologia e potencialmente perceberem se ficarão ou não gravemente doentes, o vírus poderia ser tratado logo após o diagnóstico, em casa, libertando recursos do hospital para dontes com quadros mais graves.

Leia Também: Fármaco experimental reduz em 50% efeitos graves da Covid

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