Vai ser testada vacina adesivo que poderá dar imunidade durante décadas

Uma empresa baseada em Oxfordshire, no Reino Unido, começará em breve os ensaios clínicos de uma vacina de segunda geração contra a Covid-19. Trata-se de um adesivo fácil de administrar que usa células T para matar células infetadas e pode oferecer imunidade mais duradoura do que as vacinas atuais.

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Notícias ao Minuto
15/11/2021 08:13 ‧ 15/11/2021 por Notícias ao Minuto

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Covid-19

De acordo com o jornal britânico The Guardian, a Emergex foi criada em Abingdon em 2016 para desenvolver vacinas de células T - a ideia foi do professor Thomas Rademacher, diretor executivo e professor emérito de medicina molecular da University College London.

Essas vacinas estimulam as células T para remover células infetadas do corpo rapidamente após a infeção, impedindo assim a replicação viral da doença. Enquanto os anticorpos produzidos pelas vacinas atuais da Covid-19 aderem ao vírus e impedem-no de infetar as células, as células T encontram e destroem as células infetadas.

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Outros imunizantes, como o da Pfizer/Biontech ou da Astrazeneca, também produzem uma resposta de células T, mas em menor grau.

A Emergex, informa o The Guardian, recebeu luz verde do regulador suíço de medicamentos para realizar testes iniciais em humanos em Lausanne, envolvendo 26 pessoas que receberão uma dose alta e baixa da sua vacina experimental contra a Covid-19, a partir de 3 de janeiro. Os resultados provisórios do ensaio são esperados em junho.

Robin Cohen, diretor comercial da empresa, disse: "esta é a primeira vez que um regulador aprova uma vacina da Covid para entrar em ensaios clínicos cujo único objetivo é gerar uma resposta de células T alvo na ausência de uma resposta de anticorpos e essas células T procuram células infetadas e matam-nas". 

Usando a analogia de um asteroide atingindo um planeta, o especialista explicou: "o vírus é o asteroide: dispara contra um planeta e um código viral, uma assinatura para esse vírus, é rapidamente exibido em toda a superfície. Essas assinaturas são lidas por células T como estranhas, e consequentemente as células T matam a célula antes que esta possa produzir novos vírus vivos". 

As vacinas atuais da Covid-19 provocam uma resposta de anticorpos que diminui ao longo do tempo, o que significa que as pessoas precisam de doses de reforço para manter a proteção contra o vírus. A vacina Emergex funciona de forma diferente, matando células infetadas rapidamente. Isso significa que poderá oferecer uma imunidade mais duradoura - possivelmente por décadas - e também poderá ser mais eficaz no combate a mutações do vírus, referiu Robin Cohen. 

Leia Também: Covid-19: Pfizer inicia testes de medicamento experimental no Brasil

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