De acordo com o jornal britânico The Guardian, a Emergex foi criada em Abingdon em 2016 para desenvolver vacinas de células T - a ideia foi do professor Thomas Rademacher, diretor executivo e professor emérito de medicina molecular da University College London.
Essas vacinas estimulam as células T para remover células infetadas do corpo rapidamente após a infeção, impedindo assim a replicação viral da doença. Enquanto os anticorpos produzidos pelas vacinas atuais da Covid-19 aderem ao vírus e impedem-no de infetar as células, as células T encontram e destroem as células infetadas.
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Outros imunizantes, como o da Pfizer/Biontech ou da Astrazeneca, também produzem uma resposta de células T, mas em menor grau.
A Emergex, informa o The Guardian, recebeu luz verde do regulador suíço de medicamentos para realizar testes iniciais em humanos em Lausanne, envolvendo 26 pessoas que receberão uma dose alta e baixa da sua vacina experimental contra a Covid-19, a partir de 3 de janeiro. Os resultados provisórios do ensaio são esperados em junho.
Robin Cohen, diretor comercial da empresa, disse: "esta é a primeira vez que um regulador aprova uma vacina da Covid para entrar em ensaios clínicos cujo único objetivo é gerar uma resposta de células T alvo na ausência de uma resposta de anticorpos e essas células T procuram células infetadas e matam-nas".
Usando a analogia de um asteroide atingindo um planeta, o especialista explicou: "o vírus é o asteroide: dispara contra um planeta e um código viral, uma assinatura para esse vírus, é rapidamente exibido em toda a superfície. Essas assinaturas são lidas por células T como estranhas, e consequentemente as células T matam a célula antes que esta possa produzir novos vírus vivos".
As vacinas atuais da Covid-19 provocam uma resposta de anticorpos que diminui ao longo do tempo, o que significa que as pessoas precisam de doses de reforço para manter a proteção contra o vírus. A vacina Emergex funciona de forma diferente, matando células infetadas rapidamente. Isso significa que poderá oferecer uma imunidade mais duradoura - possivelmente por décadas - e também poderá ser mais eficaz no combate a mutações do vírus, referiu Robin Cohen.
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