O consumo excessivo de antibióticos "pode levar à resistência das bactérias a estes medicamentos e, consequentemente, comprometer o tratamento dos doentes quando, em situações limite, precisam deles", alertam a Reckitt Healthcare e a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF).
Dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico mostram que, até 2050, estas infeções causadas por bactérias resistentes a antibióticos podem originar mais de 40 mil mortes em Portugal. Atualmente, e de acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas, pelo menos 700 mil pessoas morrem todos os anos devido a doenças resistentes a medicamentos, como a tuberculose multirresistente, infeções do trato respiratório e do trato urinário e infeções sexualmente transmissíveis. "Este número poderá chegar aos 10 milhões de mortes até 2050."
Segundo Filipa Leitão, head of Marketing and Trade Marketing da Reckitt Portugal, "atualmente ainda existe uma ideia errada na utilização dos antibióticos no combate às infeções por vírus". Por exemplo, "oito em cada 10 dores de garganta são causados por vírus e não por bactérias, para as quais os antibióticos não são eficazes. É, por isso, importante consciencializar para o uso adequado destes medicamentos".
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