Perda de olfato a longo prazo afeta metade dos casos de Covid da 1.ª vaga
Dados preliminares de um estudo sueco revelam uma gama de problemas olfativos crónicos em pessoas infetadas pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19, em 2020.
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Lifestyle Covid persistente
Quase metade daqueles que adoeceram com Covid-19 na primeira vaga de infeções podem ter mudanças permanentes e no seu senso de olfato, de acordo com uma pesquisa realizada na Suécia, reporta o jornal The Guardian.
Uma súbita perda de olfato, ou uma perceção prejudicada ou distorcida de odores, emergiu como um sintoma incomum da Covid-19 no início da pandemia. Enquanto muitas pessoas rapidamente recuperaram, para outras o seu olfato nunca voltou ao normal.
De modo a desvendar o porquê da incidência e continuação a longo prazo da condição debilitante, cientistas do Instituto Karolinska em Estocolmo realizaram testes abrangentes em 100 indivíduos que contraíram Covid na primeira vaga de infeções que assolou a Suécia na primavera de 2020.
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As primeiras descobertas mostram que 18 meses após recuperarem do novo coronavírus, muito poucas pessoas - apenas 4% - tinham perdido o seu olfato inteiramente, mas um terço revelou ter uma capacidade diminuta para detetar odores, e quase metade queixou-se de parosmia, problema em que olfato é distorcido. Sendo que a maioria das pessoas com olfato reduzido não tinha conhecimento do fenómeno antes de se juntar ao estudo.
Os cientistas realizaram os mesmos testes num grupo de controlo de pessoas que testaram negativo para anticorpos da Covid-19, indicando que estes tinham conseguido evitar o vírus. Cerca de um quinto apresentava deficiências semelhantes no seu olfato, implicando que os distúrbios olfativos eram comuns na população em geral antes da Covid atacar.
No estudo pré-publicado que ainda não foi avaliado por pares, os cientistas concluem que 65% daqueles que recuperaram do SARS-CoV-2 manifestaram perda de olfato, um sentido reduzido de cheiro, ou distorções olfativas 18 meses após a infeção, em comparação com 20% dos que não contraíram o vírus.
"Dada a quantidade de tempo desde [o] ataque inicial ao sistema olfativo, é provável que esses problemas olfativos sejam permanentes", escreveram.
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