Os comprimidos não devem ser cortados ao meio. Segundo Leonardo Pereira, professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, no Brasil, as duas metades podem não ter exatamente e mesma quantidade de medicamento, pelo que está a afetar o seu modo de atuação.
"O medicamento é uma mistura do princípio ativo (substância responsável pelo efeito do fármaco) com outros ingredientes farmacêuticos. Tudo isso é misturado e prensado. Por isso, não é possível garantir que a metade direita e a esquerda tenham a mesma quantidade", explica ao portal Metrópoles.
Um grupo de investigadores da Universidade Católica de Pelotas, no Brasil, concluiu exatamente o mesmo com hidroclorotiazida – uma medicação diurética utilizada para o tratamento da hipertensão arterial. Após testarem cerca de 750 comprimidos, os autores do estudo identificaram discrepâncias entre as partes.
No entanto, existem exceções. O medicamento pode ser cortado se houver indicação expressa do médico, por necessidade de realizar uma diminuição ou aumento gradual da dose do fármaco.
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