Os hamsters de estimação podem transmitir Covid-19 aos humanos e são a fonte provável de um surto recente da variante Delta em Hong Kong, sugere um novo estudo, citado pelo jornal britânico The Guardian.
A investigação confirma os receios de que uma loja de animais de estimação tenha sido a fonte de um recente surto de Covid na cidade, que abateu mais de 2.200 hamsters.
O caso remonta a janeiro, quando um funcionário da loja de animais Little Boss foi diagnosticado como o primeiro caso em três meses de contágio com variante Delta naquela cidade.
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Uma mulher que visitou a loja de animais também foi infectada, e outros membros da sua família tiveram resultados positivos nos dias que se seguiram.
Foram testados centenas de roedores na loja de animais e foi detetada matéria viral ou anticorpos em 15 dos 28 hamsters sírios, mas em nenhum dos hamsters anões, ratos, porquinhos da Índia, coelhos ou chinchillas testados. Leo Poon, virologista da Universidade de Hong Kong e a sua equipa analisaram a sequência do genoma viral e os resultados revelaram que os hamsters estavam todos infectados com a variante Delta e que os seus vírus estavam relacionados.
No entanto, os virologistas sublinharam que, embora o comércio de animais de estimação pudesse proporcionar uma rota para a propagação viral, os hamsters de estimação existentes não são susceptíveis de constituir uma ameaça para os seus proprietários e não devem ser prejudicados.
Muitos animais são susceptíveis de apanhar Covid de humanos, mas até agora, apenas um - a marta - provou ser capaz de o transmitir. Os hamsters são particularmente vulneráveis ao vírus - os hamsters anões Roborovski podem morrer - e que têm sido amplamente utilizados como modelo para o estudo da doença.
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