A deteção precoce de demência nem sempre é fácil e, apesar de a idade ser o maior fator de risco, as doenças neurodegenerativas também pode manifestar-se em pessoas mais jovens.
Um estudo publicado na Lancet Digital Health, que envolveu 20 214 pessoas com Alzheimer no Reino Unido e 19 458 pessoas em França, sugere que doenças como o Alzheimer podem surgir no cérebro duas décadas antes dos sintomas começarem a manifestar-se. O grupo de investigadores do Institut du Cerveau, em Paris, revela que existem 10 problemas de saúde que ajudam a prever o risco de Alzheimer, a começar pela depressão e ansiedade.
A obstipação, perda de peso abrupta, stress severo, perturbações do sono, perda de audição, espondilose (artrose da coluna), cataratas e fadiga são outros indicadores. "Resta saber se estes problemas são fatores de risco, sintomas ou sinais de alerta da doença", refere o principal autor do estudo, citado pelo The Sun.
O Alzheimer, recorde-se, é a forma mais comum de demência. Trata-se de uma doença neurodegenerativa que causa perda de memória e declínio cognitivo progressivos, perturbações da linguagem e até dificuldade em realizar tarefas como pagar contas e lidar com o dinheiro.
Por sua vez, demência é um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço. Para a maioria não existe tratamento e também não há uma forma definitiva de prevenir a demência.
Recorde-se que a Organização Mundial de Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo, número que pode chegar os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões. A doença de Alzheimer representa cerca de 60 a 70% de todos os casos de demência.
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