Estar a par dos sintomas da compulsão alimentar é chave para distinguir a sensação de fome esporádica e inofensiva de um distúrbio possivelmente sério e que pode ter consequências graves tanto para a saúde física como mental - explica um artigo publicado pela revista SportLife.
Em declarações àquela publicação, a supervisora de nutrição e dietética Cintya Bassi do São Cristóvão Saúde, no Brasil, divulgou os sete principais sintomas da compulsão alimentar. A saber:
- Necessidade de comer sem que sinta fome física;
- Não deixar de se alimentar, mesmo após estar satisfeito;
- Comer mais rápido do que o normal e sozinho, por vergonha da quantidade ingerida;
- Comer em grandes quantidades e em pouco tempo pode ser sinal de compulsão;
- Comer até sentir desconforto;
- Sentir-se deprimido, com vergonha e culpa após comer demais;
- Os episódios podem ocorrer ao menos uma vez por semana, durante três meses.
Tratamento
Caso tenha um ou mais dos sintomas referidos, recomenda-se que procure um médico especializado, nutricionista ou psicólogo.
A compulsão alimentar é um transtorno que pode provocar múltiplos danos para a saúde, contribuindo para o desenvolvimento de doenças graves como obesidade, diabetes ou outros distúrbios alimentares, como por exemplo bulimia. Mais ainda, pode afetar o bem-estar mental - despoletando ansiedade e até depressão.
No entanto, a boa notícia é que, ao identificar os sintomas da condição, o tratamento tende a proporcionar bons resultados.
"Primeiro vem a etapa educacional, quando o paciente vai aprender sobre a doença e as suas consequências, tirar dúvidas e conhecer o que é alimentação saudável. A segunda fase é a experimental, quando o foco será a mudança de comportamento", mencionou Cintya.
Acrescentando: "o trabalho é pautado numa alimentação saudável e diversificada, porque o exagero na compulsão não está relacionado à fome física, mas na necessidade de suprir uma demanda emocional".
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