As pesquisas, que ainda não foram revistas por pares, apontam que a variante Ómicron do coronavírus sobrevive por mais tempo em superfícies como plástico, papel e pele do que as versões prévias do SARS-CoV-2 - revela um artigo publicado pelo jornal Metrópoles.
Um dos estudos, realizado por investigadores japoneses constatou que a estirpe sobreviveu 193 horas no plástico, enquanto a variante original que surgiu em Wuhan, em dezembro de 2019, permaneceu no material por somente 56 horas.
Já na pele humana, a Ómicron durou 21 horas, enquanto a primeira versão do coronavírus resistiu por 8 horas.
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Entretanto, no segundo estudo, feito em Hong Kong, os cientistas colocaram amostras virais sobre aço inoxidável, plástico, vidro e papel.
O vírus original foi detetado dois dias depois no aço inoxidável e no plástico e passado quatro dias no vidro. Já a Ómicron permaneceu durante aproximadamente 7 dias nessas superfícies.
Em entrevista à CNN Internacional, a engenheira ambiental Linsey Marr, que reviu as duas pesquisas, disse que os dados apurados não devem gerar pânico.
"Penso que talvez as superfícies possam ser um pouco mais importantes [para a transmissão] do que eram com a estirpe original. Não acho que isso signifique que sejam dominantes", mencionou.
"Tenho certeza de que a inalação de aerossóis ainda é o modo dominante de transmissão", concluiu a investigadora.
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