Um novo estudo do QIMR Berghofer Medical Research Institute, na Austrália, descobriu um novo potencial tratamento para o SARS-CoV-2. Segundo os investigadores, é capaz de proteger os imunossuprimidos contra a Covid-19, uma vez que estas pessoas têm um sistema imunitário debilitado e podem ser incapazes de produzir anticorpos contra o coronavírus, mesmo vacinados.
Os cientistas consideram que as células T do sistema imunitário, responsáveis por eliminar outras que estejam infetadas pela Covid-19, podem ajudar no combate a novas variantes. O autor do estudo, Corey Smith, diz que estes resultados dão esperança de que "possamos desenvolver uma imunoterapia baseada em células T capaz de tratar várias variantes do Covid-19 nos indivíduos mais doentes".
O investigador lembra que a vacinação contra a Covid-19 é muito eficaz e confere uma enorme proteção. No entanto, afirma que pode não ser suficiente no caso dos imunossuprimidos.
"A partir de um pequeno número de doadores de sangue expostos a Covid-19, podemos facilmente gerar um banco de células T" e "potencialmente atingir várias variantes de vírus", explica, sublinhando, ainda assim, que são necessários mais estudos.
No grupo dos imunossuprimidos incluem-se doentes oncológicos, transplantados, com VIH, sob tratamento imunossupressor ou que sofrem de outras condições que fragilizam o sistema imunitário, tornando-o mais propenso à infeção.
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