A hipertensão arterial é a principal causa de doença cardiovascular e de morte prematura. Caracteriza-se por uma pressão sanguínea excessiva na parede das artérias que ocorre de forma continuada em estado de repouso. Neste estado, o coração tem de fazer mais esforço do que o normal.
Estamos perante um caso de hipertensão arterial quando a pressão máxima é maior ou igual a 140 mmHg (14) ou a pressão mínima é maior ou igual 90 mmHg (9). Em Portugal, 43% da população (entre os 18 e os 79 anos, em Portugal Continental) tem hipertensão arterial e 60% dos portugueses acima dos 65 anos têm sofre da doença. 90% dos casos não têm uma causa conhecida para a doença.
Apesar de ser uma ameaça 'silenciosa', porque não provoca dor nem apresenta outros sintomas, é uma doença crónica e deve ser controlada com a adoção de um estilo de vida saudável e medicação.
Fatores de risco não modificáveis
Sexo: antes dos 45 anos, a hipertensão arterial surge mais frequentemente nos homens. A partir dos 65 anos, após o início da menopausa, as mulheres têm maior risco de desenvolver a doença.
Idade: a pressão arterial tem tendência a aumentar com a idade, uma vez que os vasos sanguíneos vão perdendo a sua elasticidade ao longo dos anos.
Hereditariedade: a probabilidade de desenvolver a doença aumenta quando há predisposição genética.
Fatores de risco modificáveis
Alimentação inadequada e consumo excessivo de sal: contribuem para o desenvolvimento de hipertensão arterial.
Obesidade: contribui para a redução do diâmetro dos vasos sanguíneos.
Consumo excessivo de álcool: prejudica o bombeamento do sangue pelo corpo, aumentando significativamente os níveis de pressão arterial.
Sedentarismo: contribui para o aumento da pressão arterial, estando também relacionado com um maior risco de obesidade e doenças cardíacas.
Tabaco: provoca um endurecimento dos vasos sanguíneos, ou seja, o aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca.
Complicações associadas
Quando o coração passa muito tempo a fazer um esforço acima do nível normal, os vasos sanguíneos podem ficar tão danificados que entopem e/ou rompem. O próprio fluxo sanguíneo não é distribuído corretamente para o corpo todo e o organismo pode acabar seriamente prejudicado.
Na realidade, nos primeiros anos, a hipertensão arterial não provoca geralmente quaisquer sinais de doença, à exceção dos valores tensionais elevados. No entanto, com o decorrer do tempo, a pressão arterial acaba por danificar os principais órgãos vitais do organismo, como o cérebro, coração e rins.
São várias as possíveis complicações decorrentes da hipertensão. Ei-las:
- Hipertrofia do coração;
- Insuficiência cardíaca;
- Deterioração das paredes das artérias;
- Acidente vascular cerebral;
- Angina de peito;
- Arritmia;
- Aneurisma;
- Diminuição da visão;
- Insuficiência renal;
- Morte.
Como controlar:
- Adotar uma alimentação saudável;
- Reduzir o peso;
- Moderar o consumo de álcool;
- Controlar o stress;
- Deixar de fumar;
- Praticar exercício físico;
- Medir a pressão arterial;
- Medicação (quando prescrita pelo médico).
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