Um estudo divulgado na revista científica British Medical Journal diz que a falta de folato (B9) no sangue, que participa na produção de novas células e na reparação do ADN, pode estar na origem de vários casos de demência. Dados do relatório mostram que a carência desta vitamina aumenta em 68% o risco de demência.
A investigação concluiu que "as concentrações de folato podem funcionar como um biomarcador utilizado para identificar as pessoas em risco de demência e mortalidade". No entanto, os cientistas entendem que são necessários mais estudos para "avaliar o papel da deficiência de folato na demência".
A carência de folato, encontrado em alimentos como brócolos, espargos e arroz integral, despoleta uma condição conhecida como anemia por deficiência de folato. A falta de paladar, diarreia, fraqueza e formigueiro nos pés e mãos e depressão são alguns dos sintomas mais comuns. Além disso, o folato está também relacionada com anemia por vitamina B12.
Em caso de sintomas, deve consultar um médico para corrigir as insuficiências vitamínicas, uma vez que estas podem desencadear complicações graves como infertilidade, doença cardiovascular, cancro, problemas no parto e, por exemplo, falhas do tubo neural, isto é, anomalias que ocorrem no desenvolvimento da medula espinal e do cérebro de alguns bebés.
Recorde-se que demência é um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço. Para a maioria não existe tratamento e também não há uma forma definitiva de prevenir a demência.
Recorde-se que a Organização Mundial de Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo, número que pode chegar os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões. A doença de Alzheimer representa cerca de 60 a 70% de todos os casos de demência.
Leia Também: Quatro alimentos que elevam os níveis de vitamina D, nutricionista revela