Segundo um estudo, publicado no Journal of the American College of Cardiology, adultos que já tiveram cancro têm mais probabilidades de vir a desenvolver, mais tarde na vida, problemas cardiovasculares.
O estudo, feito por investigadores do Johns Hopkins Medicine, baseia-se na ligação, cada vez mais conhecida e estudada, entre cancro e doenças cardíacas.
A autora principal, Roberta Florido, realçou que as doenças cardiovasculares são as principais causas de morte entre sobreviventes de cancro, diz a Lab+Life. Facto que sugere que estas pessoas são um grupo de alto risco e que pode precisar de acompanhamento e uma prevenção mais ativa, no que diz respeito a problemas que afetam o coração.
Leia Também: Fique atenta! Cheiro forte pode indicar cancro do colo de útero
Para este estudo foram analisadas mais de doze mil pessoas (mulheres e homens), com a idade média de 54 anos, que já tinham sido diagnosticadas com cancro.
Os resultados afirmam que as pessoas que já tiveram cancro, quando comparadas com as que não tiveram, têm uma probabilidade maior, em 42%, de ser diagnosticadas com uma doença cardiovascular, nomeadamente, insuficiência cardíaca ou enfarte do miocárdio.
Os fatores que podem influenciar estes resultados são muito heterogéneos quando se comparam diferentes tipos de cancro. Por exemplo, sobreviventes de cancro da mama e de sangue, que são tratadas, normalmente com quimioterapia e radiação, têm um risco significativamente maior de ter uma doença cardiovascular.
Já os sobreviventes de cancro da próstata não sofrem de um risco aumentado destas doenças, já que esses pacientes podem ter sido tratados com técnicas que não provocam toxicidade cardíaca.
Leia Também: Estratégia Nacional de Luta contra o Cancro até 2030 em consulta pública