Não é só a Monkeypox. Eis outras doenças que causam lesões na pele

Saiba quais são.

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Notícias ao Minuto
12/08/2022 07:55 ‧ 12/08/2022 por Notícias ao Minuto

Lifestyle

Saúde

O aparecimento progressivo de erupções que atingem a pele e as mucosas são um dos principais sintomas do vírus Monkeypox. O que talvez não saiba é que estas feridas também podem ser sinal de outras doenças virais humanas.

Como tal, o coordenador do departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Egon Luiz Rodrigues Daxbacher, partilha outras patologias que, além da Monkeypox, causam bolhas ou qualquer tipo de irritação na pele. Ei-las:

Herpes

É provocada por um vírus que geralmente afeta lábios e mucosas (oral e genital). Pode, ainda assim, ocorrer em outras regiões da pele ou até em alguns órgãos internos. Habitualmente, o contágio é feito através do beijo.

Zona

Manifesta-se em pessoas mais velhas que já tenham tido varicela. O vírus da varicela fica adormecido e é reativado. Pode também afetar crianças.

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Sífilis

Transmitida sexualmente, a sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum, que penetra no organismo através das membranas mucosas, como as da vagina, da boca ou através da pele. Quando chega aos gânglios linfáticos, propaga-se por todo o organismo através do sangue. 

Molusco contagioso

É uma infeção viral cutânea comum e contagiosa provocada por um vírus. É mais em crianças, sobretudo nas que têm eczema atópico. Provoca nódulos ou pápulas elevadas com o centro deprimido, semelhantes a pérolas, de cor branca, rosada ou amarelada. 

Recorde-se que, tendo em conta a extensão do surto a mais de 70 países, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a varíola dos macacos uma emergência global. Apesar da falta de consenso entre os membros do comité de emergência, a decisão foi anunciada a 23 de julho pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. 

De acordo com dados da Direção-Geral da Saúde (DGS), Portugal contabiliza 588 casos confirmados de infeção pelo vírus Monkeypox, 73 dos quais notificados na última semana.

O que fazer se apresentar sintomas de Monkeypox:

A DGS recomenda que quem apresente lesões ulcerativas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço, procure aconselhamento médico e evite o contacto próximo com os outros. É ainda recomendada a higienização das mãos com regularidade.

O vírus Monkeypox foi descoberto, pela primeira vez, em 1958 quando dois surtos de uma doença semelhante à varíola ocorreram em colónias de macacos mantidos para investigação, refere o portal do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês).

O primeiro caso humano de infeção foi registado em 1970 na República Democrática do Congo, durante um período de esforços redobrados para erradicar a varíola. Desde então, vários países da África Central e Ocidental reportaram casos.

Apesar de a doença não requerer uma terapêutica específica, a vacina contra a varíola, antivirais e a imunoglobulina vaccinia podem ser usados como prevenção e tratamento. O tempo de incubação é, geralmente, de sete a 14 dias, e a doença, endémica na África Ocidental e Central, dura, em média, duas a quatro semanas.

Leia Também: Confirmados 770 casos de infeção pelo vírus Monkeypox em Portugal

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