A alopecia é uma doença capilar muito comum, especialmente entre a população masculina, embora cada vez mais mulheres também sofram deste problema. Mas existem outras doenças capilares, com causas múltiplas e comuns, que afetam tanto o couro cabeludo quanto o cabelo e, no pior dos cenários, se não forem tratadas adequadamente, podem levar à alopecia.
Por esse motivo, é fundamental, se for detetado algum dos sintomas, ter um diagnóstico e acompanhamento médico. A pensar nisso, Carlos Portinha, chief clinical officer da Insparya, explica, em comunicado, algumas doenças capilares menos conhecidas, mas muito comuns, que afetam também a saúde capilar
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1- Dermatite seborreica
É uma doença inflamatória e não contagiosa, mais comum em homens do que em mulheres, principalmente na adolescência e a partir dos 40 anos. No entanto também se pode desenvolver na infância e é provável que nos acompanhe ao longo da vida na forma de surtos.
O aparecimento desta doença deve-se geralmente a diferentes causas, desde a atividade excessiva das glândulas sebáceas ou a presença de fungos do tipo Malassezia. A dermatite seborreica pode ter uma componente genética ou tornar-se hereditária. A causa subjacente é uma alteração dos queratinócitos que faz com que estes se acumulem e descamem mais do que o normal.
2- Micose do couro cabeludo
É uma infecção causada por fungos, que normalmente ocorre no cabelo, quando aparecem áreas escamosas e secas, que podem acabar por se transformar em alopecia; e costuma causar comichão.
É uma infecção contagiosa e é mais comum em crianças de um a dois anos e em crianças em idade escolar. Segundo Carlos Portinha, "o tratamento consiste em antifúngicos orais, para eliminar o fungo causador da micose, e às vezes podem ser combinados com shampoos de sulfeto de selênio que ajudam a evitar que a infecção contagie outras pessoas".
3- Pediculose
É uma infecção causada por piolhos que vivem principalmente na nuca e nas orelhas. Espalha-se facilmente de pessoa para pessoa durante o contato direto, e é muito comum em crianças, já que a presença de piolhos é muito recorrente nas escolas. "É uma infecção que causa muita comichão, e o melhor tratamento para combatê-la é através da aplicação de loções de permetrina ou dimeticona", explica o médico.
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4- Psoríase
Por outro lado, existem doenças capilares autoimunes, não contagiosas, que também podem levar à alopecia. É o caso da psoríase, caracterizada por causar manchas vermelhas, irritação e escamação da pele que provocam comichão e ardor em qualquer parte do corpo. Quando esta condição afeta o couro cabeludo, pode afetar o folículo piloso, danificando-o e causando queda de cabelo.
Obter um diagnóstico precoce e seguir o tratamento adequado evitará que essa perda se intensifique. A melhor forma de tratar esta doença é com o uso de tratamentos tópicos e shampoos, com ingredientes como ácido salicílico, alcatrão de carvão e propionato de clobetasol. "Para além disso, retinóides orais, ou medicamentos como metotrexato e ciclosporina, também podem ser utilizados. Recomendando assim a luz pulsada para melhorar os sintomas", acrescenta o médico.
5- Lúpus eritematoso
Causa inflamação da pele que afeta principalmente o rosto e o couro cabeludo. "Esta inflamação pode desencadear alopecia, pois afeta a linha do cabelo, tornando-a fraca, frágil e quebradiça", explica o diretor clínico da Insparya.
Por ser uma doença autoimune não tem cura, no entanto, pode ser controlada com medicamentos que regulam o sistema imunológico e reduzem a inflamação. Corticosteróides e minoxidil tópico ajudarão na luta contra a alopecia.
6- Líquen plano pilar
Esta condição consiste no inchaço e irritação do couro cabeludo e pode também levar a alopecia cicatricial, pelo que é mais uma vez importante um diagnóstico precoce e procurar uma equipa médica especializada em saúde capilar para que lhe seja dado o tratamento adequado o mais rapidamente possível.
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