Um estudo norte-americano revela que algumas tintas usadas para a realização de tatuagens contêm substâncias químicas que podem causar cancro. As descobertas foram apresentadas esta semana, durante uma reunião da Sociedade Americana de Química, em Chicago, nos Estados Unidos.
Depois de analisarem 56 tintas, os investigadores descobriram que várias continham substâncias que não constam dos rótulos. Além disso, cerca de 23 apresentavam compostos que se degeneram em contato com a radiação ultravioleta, como a luz solar, por exemplo.
Os cientistas também avaliaram o tamanho das partículas de 16 tintas. Metade continha partículas menores do que 100 nanómetros, o que significa que poderiam passar pela membrana celular e "potencialmente causar danos" às células.
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Recorde-se que a União Europeia implementou, em janeiro deste ano, novas restrições a produtos químicos perigosos contidos em misturas para tintas de tatuagem e maquilhagem permanente, com o objetivo de uniformizar as regras no espaço comunitário e garantir a proteção dos utilizadores. "A restrição abrange substâncias cancerígenas, mutagénicas e reprotóxicas (que produzem efeitos nocivos sobre o processo reprodutivo), substâncias químicas proibidas nos cosméticos, sensibilizantes da pele, irritantes da pele e dos olhos, impurezas metálicas, aminas aromáticas e alguns pigmentos", explicou o executivo comunitário, em comunicado.
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