Para pessoas, com mais de 65 anos, dificuldades a fazer certas coisas como levantar-se de uma cadeira ou manter o equilíbrio, podem ser sinais de problemas sérios e não apenas um resultado do envelhecimento normal. Quem o diz são os autores de um estudo, publicado recentemente, onde se afirma que pessoas com fraca capacidade física estão mais em risco de doenças cardiovasculares.
O objetivo do estudo, publicado na revista científica Journal of the American Heart Association, foi entender como é que a capacidade física, afeta o risco de ataques cardíacos, derrames ou outras formas de problemas cardiovasculares.
Os investigadores usaram um método, conhecido como The Short Physical Performance Battery, para 'medir' a capacidade física de mais de cinco mil pessoas, com uma idade média de 75 anos.
Graças a este método foi possível classificar, por exemplo, a capacidade de se levantarem de uma cadeira, a velocidade com que caminham ou o seu equilíbrio. Isto é, o teste analisa a capacidade de fazer movimentos, muito normais, do dia a dia e não a aptidão de cada um para fazer exercício físico.
No geral, os resultados mostraram que 13% das pessoas analisadas, tinham uma capacidade física fraca; em 30% era moderada; e 57% tinham uma capacidade física alta.
Além disto, com este teste, os investigadores conseguiram concluir que pessoas com fraca capacidade física, tinham uma probabilidade maior, em 47%, de sofrer, pelo menos uma vez na vida, de algum problema relacionado com o coração. Já em pessoas, com uma capacidade física moderada, as probabilidades são maiores em apenas 25%.
"As nossas descobertas destacam o valor de avaliar o nível de capacidade física de idosos na prática clínica. Além da saúde do coração, os idosos correm maior risco de quedas e incapacidades. A avaliação da função física também pode informar sobre o risco dessas condições em idosos", diz Xiao Hu, autor principal do estudo, em comunicado.
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