Anualmente, mais de 800 mil pessoas tentam pôr termo à vida. Falar ou escrever frequentemente sobre morte, morrer ou suicídio, fazer comentários de desesperança e culpabilidade, aumento do consumo de álcool ou drogas, isolamento social e falar em se sentir aprisionado ou em ser um peso para os outros são, segundo Ana Peixinho, coordenadora da Unidade de Psiquiatria e Psicologia do Hospital Lusíadas Lisboa, sinais de alarme que jamais deve ignorar.
O que fazer? "Se alguém dá indícios de que quer cometer suicídio, oiça e tenha em conta as suas preocupações. Não tenha medo de fazer perguntas sobre os seus planos. Mostre-lhe que se preocupa e que essa pessoa não está sozinha", explica.
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A médica acrescenta ainda: "Encoraje-a a procurar ajuda profissional imediatamente. Não a deixe sozinha."
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Se estiver a sofrer com alguma doença mental, tiver pensamentos auto-destrutivos ou simplesmente necessitar de falar com alguém, deverá consultar um psiquiatra, psicólogo ou clínico geral. Poderá ainda contactar uma destas entidades:
SOS Voz Amiga (entre as 16h e as 24h) - 213 544 545 (Número gratuito) - 912 802 669 - 963 524 660
Conversa Amiga (entre as 15h e as 22h) - 808 237 327 (Número gratuito) e 210 027 159
SOS Estudante (entre as 20h e a 1h) - 239 484 020 - 915246060 - 969554545
Telefone da Esperança (entre as 20h e as 23h) - 222 080 707
Telefone da Amizade (entre as 16h e as 23h) – 228 323 535
Todos estes contactos garantem anonimato tanto a quem liga como a quem atende. No SNS24 (808 24 24 24 - depois deve selecionar a opção 4), o contacto é assumido por profissionais de saúde. A linha do SNS24 funciona 24 horas por dia.
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