Afinal, Alzheimer pode desenvolver-se por esta razão

Um docente da University Health Network, no Canadá acredita que a doença é provocada por um distúrbio do sistema imunitário.

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Notícias ao Minuto
22/09/2022 09:52 ‧ 22/09/2022 por Notícias ao Minuto

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Saúde

Que o Alzheimer é a forma mais comum de demência, já todos sabíamos. Porém,  embora seja amplamente estudada, a causa da doença permanece desconhecida. Ou então não. Num artigo publicado esta semana, o professor Donald Weaver, diretor do laboratório Krembil Research Institute, da University Health Network, no Canadá, sugere que esta é uma patologia autoimune que afeta o cérebro.

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"Com base nos nossos últimos 30 anos de investigação, não pensamos mais na doença de Alzheimer como uma doença do cérebro. Em vez disso, acreditamos que é um distúrbio do sistema imunitário que ocorre dentro do cérebro", escreve Weaver, num artigo publicado no portal Science Alert.

Alguns medicamentos em desenvolvimento concentram esforços no bloqueio da formação de blocos da proteína cerebral beta-amilóide, acreditando que esta é a causa da doença. Porém, Weaver tem a teoria de que a substância não é produzida em larga escala neste doentes. A chave está na forma como o corpo reage.

As semelhanças entre as moléculas de gordura presentes nas membranas das bactérias e as membranas das células cerebrais faria com que a proteína atacasse por engano as células cerebrais que deveriam ser protegidas, causando um processo autoimune. A consequência seria a perda crónica e progressiva da função dessas células.

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Recorde-se que demência é um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço. Para a maioria não existe tratamento e também não há uma forma definitiva de prevenir a demência. 

A Organização Mundial de Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo, número que pode chegar os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões. 

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