Embora só mais recentemente se comece a ouvir falar de lipedema em Portugal, a doença foi descrita, pela primeira vez, na Clínica Mayo, por Allen e Hines, em 1940. No entanto, foi confundida com obesidade ou até retenção de líquidos durante muitos anos e, como tal, tornou-se subdiagnosticada e muito negligenciada.
Sabe-se, atualmente, que é uma disfunção hereditária crónica que se caracteriza por uma acumulação desproporcional de gordura nas extremidades, mais frequentemente nos membros inferiores. Afeta cerca de 10% da população mundial, principalmente mulheres.
Embora não sejam conhecidas as causas, os especialistas acreditam que é uma doença hereditária. "O início da doença e/ou o seu agravamento é notado em momentos na vida das mulheres caracterizados por alterações hormonais súbitas e significativas como: a puberdade, o início da toma de anticoncecional oral, a gravidez e, em fases mais avançadas da vida, a menopausa", pode ler-se no 'website' da Allure Clinic, no Porto.
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A mesma clínica acrescenta que o lipedema parece também estar relacionado com "uma resposta inflamatória crónica de baixo grau a eventuais toxinas alimentares". "A par de outras condições como a síndrome do cólon irritável ou síndromes dolorosas crónicas, pode constituir uma forma de defesa e de alerta do nosso corpo", diz.
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As doentes queixam-se de volume nas pernas que não passa nem com dietas rigorosas. Mas além da acumulação desproporcional de gordura, o lipedema pode apresentar outros sintomas. Ei-los, segundo a Allure Clinic:
- sensação de peso e de cansaço nas pernas;
- Dor e sensibilidade exagerada ao toque;
- Sensação de arrefecimento da pele das pernas;
- Aparecimento de equimoses fáceis e frequentes.
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