Risco de suicídio é maior em pessoas diagnosticadas com demência

Investigadores descobriram que pacientes diagnosticados com demência, antes dos 65 anos, estão mais em risco de vir a cometer suicídio.

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Notícias ao Minuto
04/10/2022 17:31 ‧ 04/10/2022 por Notícias ao Minuto

Lifestyle

Demência

Foi publicado um novo estudo onde se sugere que o risco de suicídio é quase sete vezes maior após um diagnóstico de demência precoce, ou seja, antes dos 65 anos.

Para este estudo, publicado na revista científica JAMA Neurology, os cientistas da Universidade Queen Mary e da Universidade de Nottingham, ambas no Reino Unido, analisaram os registos médicos de cerca de 594.674 pessoas, entre 2001 e 2019, para determinar se existe uma ligação entre o diagnóstico de demência e o risco de suicídio.

Com estes dados conseguiram perceber que cerca de 2% dos pacientes com demência analisados se suicidaram. Além disto, segundo o estudo, estavam mais em risco as pessoas que receberam este diagnóstico antes dos 65 anos. Comprovando também que o risco é mais acentuado durante os primeiros três meses, após o diagnóstico, ou se o paciente sofrer de uma doença psiquiátrica conhecida.

Leia Também: Tratamentos para a artrite podem diminuir risco de demência

Graças a todos estes fatores, os investigadores conseguem afirmar que pessoas, com menos de 65 anos, e até três meses após o diagnóstico, o risco de suicídio era 6,69 vezes maior do que em pessoas sem demência.

“Melhorar o acesso a um diagnóstico de demência é uma importante prioridade de saúde", diz Charles Marshall, um dos autores do estudo, palestrante clínico e neurologista consultor, ao jornal The Independent. 

No entanto, afirma o especialista, é importante lembrar que um "diagnóstico de demência pode ser devastador, e o nosso trabalho mostra que também precisamos de garantir que os serviços têm os recursos para fornecer apoio adequado após o diagnóstico". 

Lembre-se que demência é um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças, como a Alzheimer, que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço e para as quais não existe tratamento.  

Leia Também: Os principais riscos de demência que podem ser contrariados

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