Psicadélicos mostram-se promissores no tratamento de depressão

Foi publicado, recentemente, o resultado de um ensaio clínico que serviu para avaliar o efeito da psilocibina, uma substância psicoativa encontrada naturalmente nos cogumelos 'mágicos', em pessoas com depressão.

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Notícias ao Minuto
03/11/2022 19:10 ‧ 03/11/2022 por Notícias ao Minuto

Lifestyle

Saúde mental

Ao longo dos anos têm vindo a ser estudados os efeitos terapêuticos dos psicadélicos e a mais recente investigação encontrou novidades muito interessantes. Foi publicado o resultado do "maior ensaio clínico", até ao momento, segundo o DailyMail, que serviu para avaliar o efeito da psilocibina, uma substância psicoativa encontrada naturalmente em cogumelos 'mágicos', em pessoas com depressão. 

Graças a este estudo, publicado na revista científica New England Journal of Medicine, foi possível comprovar que uma única dose desta substância, com 25 miligramas, reduziu os sintomas de depressão em pessoas que não conseguiram resultados com tratamentos convencionais, explica o jornal.

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No total, foram analisadas 233 pessoas, em 10 países, que interromperam o seu tratamento, durante o estudo, mas receberam apoio psicológico. Os participantes testaram uma versão sintética da psilocibina, desenvolvida pela 'startup' Compass Pathway, que também financiou os testes. Todos foram divididos em grupos e receberam, aleatoriamente, uma miligrama, 10 miligramas ou 25 miligramas do tratamento.

As sessões, foram realizadas em salas dedicadas e duraram entre seis e oito horas, durante as quais os participantes nunca ficavam sozinhos. Três semanas mais tarde, foi possível concluir que os pacientes, que receberam 25 mg da substância, apresentaram melhorias significativas.

Ao DailyMail, Andrew McIntosh, um professor de psiquiatria da Universidade de Edimburgo, na Escócia, que não participou no estudo, afirma que "a psilocibina pode (um dia) fornecer uma alternativa potencial aos antidepressivos prescritos há décadas". 

Esta foi a segunda fase de testes e serviu para determinar a dosagem indicada e confirmar a existência de um efeito apropriado. Já está, no entanto, a ser planeada a terceira fase de testes, que vão envolver mais participantes, e deverão começar este ano e alargar-se até 2025.

A 'startup' que está a financiar esta investigação já está em contato com a Food and Drug Administration, nos Estados Unidos, e alguns reguladores na Europa.

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