O desenvolvimento do cancro do pulmão pode ser muito silencioso. Os sintomas tendem a surgir, de forma rápida e agressiva, numa fase já muito avançada da doença. Dor torácica e rouquidão persistentes, dificuldade respiratória sem razão aparente e cansaço são os mais comuns. Contudo, não são os únicos.
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Segundo Kim Jackson, da Patient Claim Line, citado pelo Daily Express, há outro sintoma que se manifesta em 60% destes doentes. Chama-se caquexia e trata-se de um estado de extrema fraqueza devido a doença prolongada ou, ainda, a desnutrição por alimentação deficiente.
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"Cerca de 60 em cada 100 pessoas com cancro do pulmão têm uma perda de apetite e de peso significativa no momento do diagnóstico", afirma a Cancer Research UK, associação sem fins lucrativos de luta contra o cancro.
"Os tumores evoluem muitas vezes de forma silenciosa, com poucos sinais de alerta ou com sintomas que são também explicados por outras situações, nomeadamente a tosse prolongada pelo uso do tabaco, o que faz com que os doentes recorram tardiamente ao médico", lamenta Ulisses Brito, pneumologista e diretor do serviço de pneumologia do CHAlgarve, em entrevista ao Lifestyle ao Minuto.
A incidência de cancro do pulmão em Portugal "está intimamente relacionada com o tabagismo, sendo que 89% das mortes por cancro do pulmão nos homens são causadas pelo fumo dos cigarros", acrescenta Cristina Rodrigues, cirurgiã torácica no Hospital Pulido Valente e coordenadora da cirurgia torácica do Hospital Cruz Vermelha de Lisboa.
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