Indivíduos hospitalizados com perda de massa muscular na fase aguda da Covid-19 estão em risco elevado alto risco de desenvolver a Covid longa, dizem investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP).
Segundo o estudo, publicado na revista científica Journal of the American Medical Directors Association, fadiga, mialgia (dores musculares), comprometimento muscular, dores de cabeça e no peito, dispneia (sensação de falta de ar), tosse crónica e anosmia (perda do olfato) são as sequelas mais comuns da Covid-19 nestas circunstâncias.
Embora seja uma incapacitante condição frequentemente associada à terceira idade, "a perda de massa muscular é comum durante períodos prolongados de um internamento hospitalar", explica Hamilton Roschel, investigador da Faculdade de Medicina e principal autor do estudo, em comunicado.
Para chegarem a estas conclusões, os cientistas da USP analisaram 80 doentes que tiveram formas moderadas ou graves da doença e que foram internados no Hospital das Clínicas, em São Paulo, no Brasil, durante 2020. Cada voluntário foi acompanhado, em média, por seis meses. Ressalvam, ainda assim, que nenhum dos indivíduos estava vacinado contra a Covid-19.
A fadiga (76%) e a dor muscular (66%) foram as duas principais sequelas da Covid longa em pacientes que tiveram perda muscular significativa durante o período de internamento.
O que fazer se apresentar sintomas de Covid-19:
Mantenha a calma e evite deslocar-se aos hospitais. Fique em casa e ligue para o SNS 24 (808 24 24 24). Escolha a opção 1 (para outros sintomas deve escolher a opção 2) ou 112 se for emergência médica. Siga todas as orientações dadas e evite estar próximo de pessoas, mantendo uma distância de, pelo menos, dois metros.
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