Muitos consideram que o adoçante é uma alternativa saudável ao açúcar normal. No entanto, segundo um novo estudo, é possível que um adoçante artificial, muito utilizado, esteja relacionado com comportamentos semelhantes a ansiedade, em ratos.
Trata-se de um tipo de adoçante, chamado aspartame, fácil de encontrar em quase cinco mil alimentos e bebidas dietéticos, explicam os investigadores no estudo, publicado na revista científica PNAS.
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Ao fazer experiências, os investigadores concluíram que entre os ratos que consumiram aspartame os sintomas de ansiedade eram comuns, e que os seus efeitos se prolongaram, ao longo de duas gerações, entre os ratos machos que foram expostos ao adoçante.
Citando os autores do estudo, o The Independent explica que estes efeitos podem ser causados por mudanças epigenéticas, nos ratos. Segundo o jornal, "ao contrário das mutações genéticas, as alterações epigenéticas são reversíveis e não alteram a sequência de ADN, mas podem alterar a forma como o corpo lê uma sequência de ADN".
Aliás, durante esta investigação foi possível descobrir que, nos ratos, a exposição ao aspartame levou a mudanças na expressão de genes que regula a ansiedade e o medo.
No estudo, os ratos consumiram água potável que continha aspartame, em aproximadamente 15% da ingestão diária. Dose que equivale ao consumo de seis a oito latas de um refrigerante diet ou light, por dia, em humanos. O estudo durou, no total, quatro anos.
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