Como combater as bactérias resistentes a antibióticos sem colocar a nossa saúde em risco? Este é o desafio que parece ter resposta num novo estudo.
A investigação, conduzida por cientistas americanos e espanhóis, revela que estas bactérias são particularmente sensíveis a ambientes com pouco magnésio. O mineral é usado para estabilizar o ribossomo, estrutura de RNA que produz as proteínas das células, mas também para várias outras funções celulares.
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O estudo conclui que em mutações da bactéria Bacillus subtilis mais resistente a antibióticos, é necessário mais magnésio para proteger os seus ribossomos da ação dos medicamentos. Contudo, sobra menos mineral para manter as outras funções celulares das bactérias. A maior fraqueza da bactéria está relacionada com uma disputa interna pelo magnésio.
"Descobrimos um 'calcanhar de Aquiles' nas bactérias resistentes a antibióticos. Embora muitas vezes pensemos na resistência aos antibióticos como um grande benefício para a sobrevivência delas, a capacidade de lidar com a limitação de magnésio no seu ambiente é mais importante para a proliferação bacteriana", explica o professor de biologia Gürol Süel, líder do estudo.
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