Um grupo de investigadores da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, descobriu que fazer exercício intenso diariamente pode ajudar a evitar o declínio cognitivo, revela um estudo publicado no The Journal of Physiology.
De acordo com o estudo, que contou com 12 participantes, seis minutos de exercícios diários intensos desaceleram o desenvolvimento de Alzheimer. Os cientistas procuravam a melhor forma de aumentar a produção da proteína BDNF, que ajuda à sobrevivência, crescimento e diferenciação dos neurónios e desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de novos neurónios e sinapses (as ligações entre estes).
Leia Também: Alzheimer. "É fundamental aumentar o conhecimento sobre os números"
Os participantes foram expostos a quatro maneiras possíveis de aumentar a proteína: jejum de 20 horas, 90 minutos de ciclismo de baixa intensidade, seis minutos de exercícios rigorosos (40 segundos de ciclismo e 20 segundos de descanso), e jejum e exercícios combinados. Os resultados mostram que exercícios rápidos mas intensos foram os mais eficientes.
Mais. Também foi constatada uma redução de até 49% no risco de morte por doenças cardiovasculares, como ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral.
Leia Também: Demência? Cinco sintomas preocupantes que não deve esconder do médico
Segundo a rede de saúde CUF, a doença de Alzheimer representa cerca de dois terços de todos os casos de demência, um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço.
Para a maioria não existe tratamento, nem uma forma definitiva de prevenir a demência, e as perspectivas são más. A Organização Mundial de Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo, número que pode chegar os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões.
Leia Também: Alzheimer. Sintomas precoces (e subtis) que jamais deve desvalorizar