Meteorologia

  • 15 NOVEMBER 2024
Tempo
14º
MIN 13º MÁX 18º

Adesivo para pele pode tratar alergias a amendoim em bebés, diz estudo

A alergia ao amendoim é uma das alergias alimentares mais comuns e perigosas.

Adesivo para pele pode tratar alergias a amendoim em bebés, diz estudo
Notícias ao Minuto

08:34 - 11/05/23 por Lusa

Lifestyle Alergias

Um adesivo para pele experimental tem-se revelado promissor para tratar bebés altamente alérgicos a amendoim, treinando os seus corpos para lidar com um consumo acidental, de acordo com um estudo realizado nos Estados Unidos.

A alergia ao amendoim é uma das alergias alimentares mais comuns e perigosas, sendo que os pais de crianças alérgicas estão constantemente em sobreaviso contra exposições que possam transformar festas de aniversário ou brincadeiras em idas às urgências, noticiou a agência Associated Press (AP).

Leia Também: Vacina de RNA mostra resultados promissores contra cancro do pâncreas

Sem cura, o único tratamento é para crianças de quatro anos ou mais, que podem consumir um pó de amendoim especial para proteger contra uma reação grave. O adesivo em estudo, chamado Viaskin, visa fornecer esse tipo de tratamento através da pele para menores de quatro anos.

Um grande teste com crianças de um a três anos, ajudou aqueles que não toleravam nem mesmo uma pequena fração de amendoim a comer alguns pedaços com segurança, relataram esta quarta-feira investigadores. Se foram realizados testes adicionais, estes adesivos podem "preencher uma enorme necessidade não correspondida", realçou Matthew Greenhawt, médico especializado em alergias do Children's Hospital Colorado, que ajudou a liderar o estudo.

Leia Também: Cinco hábitos que deve adotar no dia a dia para 'soltar' o intestino

Cerca de 2% das crianças norte-americanas são alérgicas a amendoim, algumas tão severamente que mesmo uma pequena quantidade pode causar uma reação com risco de vida. O seu sistema imunológico reage exageradamente a alimentos que contêm amendoim, desencadeando uma cascata inflamatória que causa urticária, respiração ofegante ou pior.

Alguns jovens superam a alergia, mas a maioria deve evitar o amendoim durante toda a vida e transportar medicamentos 'SOS' para evitar uma reação grave se ingerirem acidentalmente o alimento.

Leia Também: Faz retenção de líquidos? Aqui tem cinco dicas para desinchar

Em 2020, a Agência dos Alimentos e dos Medicamentos norte-americana (FDA, na sigla em inglês) aprovou o primeiro tratamento para induzir tolerância ao amendoim - uma "imunoterapia oral" chamada Palforzia que crianças dos quatro aos 17 anos consomem diariamente para manter a proteção.

O Palforzia da Aimmune Therapeutics também está a ser testado em crianças entre os um e dois anos. A francesa DBV Technologies, por sua vez, está à procura de uma imunoterapia baseada na pele, como uma forma alternativa de dessensibilizar o corpo aos alérgenos.

Leia Também: É seguro comer algo que caiu no chão como fez a princesa Charlotte?

O adesivo Viaskin é revestido com uma pequena quantidade de proteína de amendoim que é absorvida pela pele. Um adesivo diário é utilizado entre as omoplatas, onde os bebés não conseguem retirá-lo.

No novo estudo, 362 crianças com alergia ao amendoim foram testadas primeiro para ver o quão alta dose de proteína de amendoim poderiam tolerar. Em seguida, foram designados aleatoriamente para usar o adesivo Viaskin ou um adesivo falso todos os dias.

Leia Também: Tome nota dos 10 alimentos com mais propriedades anti-inflamatórias

Após um ano de tratamento, as crianças foram testadas novamente e cerca de dois terços que usaram o adesivo real conseguiram ingerir com segurança mais amendoins, o equivalente a três a quatro, face a um terço em comparação com os que receberam adesivos falsos, concluíram os investigadores.

Quanto à segurança, quatro recetores de Viaskin sofreram uma reação alérgica chamada anafilaxia que foi considerada relacionada com o adesivo. Três foram tratados com epinefrina para acalmar a reação e um desistiu do estudo.

Leia Também: A (derradeira) diferença entre celulite e retenção de líquidos

Alguns jovens também comeram acidentalmente alimentos contendo amendoim durante o estudo, e os investigadores referiram que as reações alérgicas eram menos frequentes entre os utilizadores do Viaskin do que entre os que usavam os adesivos falsos. O efeito colateral mais comum foi a irritação da pele no local do adesivo.

Estes resultados foram publicados no New England Journal of Medicine. As conclusões "são notícias muito boas para crianças pequenas e as suas famílias como o próximo passo em direção a um futuro com mais tratamentos para alergias alimentares", destacou Alkis Togias, do National Institutes of Health, que não participou do estudo.

Leia Também: Provavelmente é por isto que está sempre com a barriga inchada

A DBV Technologies lutou durante vários anos para introduzir o adesivo no mercado. No mês passado, a empresa anunciou que a FDA deseja alguns dados adicionais de segurança para bebés e um estudo separado já está a rastrear tratamentos mais longos.

Um estudo para crianças entre os quatro e os sete anos também está em andamento.

Leia Também: Flacidez? Três dicas para quem já passou a fasquia dos 50 anos

Recomendados para si

;

Receba dicas para uma vida melhor!

Moda e Beleza, Férias, Viagens, Hotéis e Restaurantes, Emprego, Espiritualidade, Relações e Sexo, Saúde e Perda de Peso

Obrigado por ter ativado as notificações de Lifestyle ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório