Os anos de pandemia foram desafiantes e mudaram as nossas vidas de inúmeras formas. Os níveis de stress e ansiedade aumentaram, assim como as taxas de excesso de peso e obesidade. O que talvez não saiba é que "altos níveis de stress e ansiedade alteram o estilo de vida e estimulam comportamentos que afetam a nossa saúde, incluindo o aumento de marcadores inflamatórios".
Como se explica esta relação entre o stress, a ansiedade e o aumento de peso? Em comunicado, a PronoKal começa por explicar que o stress "é a reação do corpo a uma ameaça reconhecida e, portanto, a ansiedade é a resposta do corpo ao stress". "A principal diferença é que o stress ocorre a curto prazo, enquanto a ansiedade pode perdurar ao longo do tempo. Além disso, a ansiedade pode não ter um gatilho identificável."
Leia Também: As calças já custam a apertar? Três dicas para sentir-se menos inchado
Mau humor, irritabilidade, raiva, tonturas, náuseas, pensamentos negativos, infelicidade geral e sensação de sobrecarga são sintomas de stress. Já inquietação, tensão, nervosismo, sensação de inquietação ou medo correspondem a sinais de ansiedade. Por sua vez, batimentos cardíacos acelerados, respiração acelerada, diarreia ou prisão de ventre são alguns sintomas comuns entre stress e ansiedade.
Como o stress e a ansiedade geram uma sensação de mal-estar geral no nosso corpo, algumas pessoas recorrem à comida como veículo de descarga emocional. Um estudo mostra que os alimentos que possuem maior concentração de açúcar são os que proporcionam maior satisfação ou prazer. Desta forma, o nosso corpo tende a consumi-los se estiver stressado ou ansioso. Isso junta-se ao facto de que o stress e a ansiedade promovem uma ingestão excessiva de alimentos, tornando-os mais apetitosos e menos satisfatórios, alterando a nossa dieta, referem os cientistas.
Leia Também: Se quer perder peso, o melhor é começar a fazer estas trocas simples
"A relação entre o stress, a ansiedade e a alimentação pode ocorrer principalmente pela velocidade com que vivemos hoje, afetando diversas áreas, inclusive a forma como nos alimentamos, refletindo-se em determinados comportamentos, como comer muito rápido, não tomar o pequeno almoço ou apenas tomar um café, comer grandes quantidades ao jantar, entre outros hábitos alimentares também culturalmente promovidos pela sociedade em que vivemos", pode ler-se em comunicado. A PronoKal acrescenta que "as necessidades nutricionais são atendidas inadequadamente do ponto de vista calórico e nutricional". Além disso, "existem maus hábitos e conhecimentos errados em relação à alimentação".
Por isso, a PronoKal propõe algumas orientações que ajudam a fugir ao stress.
Recomendações dietéticas:
Dois litros de água por dia
Mantenha uma hidratação correta bebendo dois litros por dia. Assim evitará sentir-se exausto, fraco ou tonto, e vai melhorar o desempenho físico e mental.
Leia Também: Doce adorado por muitos ajuda a evitar perdas de memória (mas não abuse!)
Cinco a seis refeições diárias
Comer regularmente a cada três ou quatro horas e manter determinados horários, favorece o controlo da saciedade. Tente distribuir a sua alimentação em 5 ou 6 doses diárias.
Consumo de frutas e vegetais
Frutas e legumes, essenciais para neutralizar os efeitos do stress, são uma excelente fonte de fibras, vitaminas e minerais.
Consumo de grãos integrais e leguminosas
Escolha carboidratos de baixo índice glicémico, como grãos integrais e legumes. Eles reduzem a ansiedade e os desejos ao longo do dia. Além de ajudarem a melhorar o nosso humor, graças ao seu alto teor de triptofano.
Dha Vita
Formado por ácidos gordos essenciais, ajuda a reduzir a inflamação causada pelo stress e melhora a qualidade do sono.
Leia Também: Cinco conselhos de uma nutricionista para prevenir a prisão de ventre
Simbióticos
O stress altera seriamente a flora bacteriana do nosso organismo. Nutrir a flora intestinal com bactérias amigas é importante para o bom funcionamento do nosso corpo e ajuda no bem-estar psicológico.
Controle o consumo de determinados alimentos
Alimentos a evitar ou reduzir em situações de stress: cafeína, bebidas estimulantes, gorduras saturadas e açúcares refinados. O café juntamente com bebidas estimulantes em grandes doses causa inquietação, nervosismo e insónia. Em momentos de stress é comum recorrer a alimentos calóricos, ricos em açúcares refinados e gorduras. Isso leva a uma alimentação inadequada que, a longo prazo, pode causar problemas de excesso de peso e obesidade.
Leia Também: Nunca ignore este sinal de alerta nos dedos, senão vai arrepender-se