Quanto tempo é que o ser humano consegue suportar a falta de oxigénio?
Eis a resposta.
© OceanGate Expeditions/Handout via REUTERS NO RESALES.
Lifestyle Submarino Titan
A falta de oxigénio a bordo do Titan foi o grande desafio para os cinco ocupantes do submersível, que sofreu uma "implosão catastrófica", perto do naufrágio do Titanic, para onde se dirigia, como explicou, nesta quinta-feira, 22 de junho, a Guarda Costeira dos Estados Unidos. Os passageiros, agora conhecidos por 'Titan Five' (os 'Cinco do Titan') eram o bilionário britânico Hamish Harding, o diretor executivo da OceanGate, Stockton Rush, o veterano da marinha francesa PH Nargeolet e o empresário paquistanês Shahzada Dawood, que viajava com o filho Suleman Dawood, de apenas 19 anos.
Assim como não conseguimos passar longos períodos sem beber água ou comer, também não é possível viver sem oxigénio. Ainda assim, o reservatório de oxigénio no nosso corpo é significativamente menor que o de nutrientes. Em alguns casos, cinco minutos sem ar é tempo suficiente para alguém entrar em coma e morrer em decorrência da hipóxia, que ocorre quando os níveis de oxigénio no sangue são baixos, estimulando a hiperprodução de glóbulos vermelhos.
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O livro do Guinness World Records pode servir de referência. A pessoa que passou mais tempo submersa, sem respirar, foi o croata Budimir Sobat. Em 2021, na altura com 56 anos, aguentou 24 minutos e 37,36 segundos sem oxigénio. Só que Sobat é nadador profissional. Ou seja, nem todas as pessoas têm esta capacidade. Em média, o limite é inferior a 10 minutos. "O corpo humano não tem um grande stock de oxigênio. (...) Depende da taxa metabólica", explica Mike Tipton, investigador da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido, à BBC.
Especialistas do centro médico académico Cleveland Clinic afirmam que as células cerebrais começam a 'morrer' após os cinco primeiros minutos de privação de ar. O que acontece exatamente? Desorientação, perda da capacidade de falar coordenadamente, alterações no ritmo da respiração, pele e lábios azulados ou acidentados, dilatação das pupilas, convulsões, coma e morte.
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