Que o colesterol descontrolado tem múltiplas consequências já (quase) todos sabem. Mas, segundo um novo estudo, existe mais uma. Quando o nível total de colesterol varia drasticamente, ao longo de cinco anos, aumenta o risco de demência, sugerem os investigadores.
Para o estudo - disponibilizado esta quarta-feira na revista Neurology - foram analisados mais de 11 mil adultos com uma idade média de 71 anos.
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Com esta análise, foi possível descobrir que os indivíduos com os níveis descontrolados, estavam 19% mais em risco de desenvolver a doença de Alzheimer ou demência relacionada com a doença de Alzheimer, também designada como DRDA, no prazo de 12 anos, explicam os investigadores, citados no CNN internacional.
Estes resultados sugerem que "são urgentemente necessárias estratégias de prevenção para a doença de Alzheimer e demências relacionadas", disse a autora do estudo Suzette J. Bielinski, epidemiologista genética da Mayo Clinic no Minnesota, num comunicado de imprensa.
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Além do colesterol total, o estudo analisou os triglicéridos, um tipo de gordura proveniente da manteiga e dos óleos; o colesterol de lipoproteínas de baixa densidade, também conhecido como LDL ou "mau" colesterol; e o colesterol de lipoproteínas de alta densidade, conhecido como HDL ou "bom" colesterol.
Durante a investigação, segundo os investigadores, concluiu-se que as variações do colesterol "mau" e "bom" não foram associadas a um risco mais elevado destas doenças. No entanto, os indivíduos, cujos níveis de triglicéridos flutuavam muito, apresentavam um risco maior em 23%.
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