A jornalista britânica Fiona Phillips, de 62 anos, foi diagnosticada com Alzheimer e fez soar os alarmes depois de contar como descobriu a doença. Phillips passou meses a queixar-se de perdas de memória e problemas de ansiedade, mas julgava que os sintomas se deviam à menopausa, até que procurou a ajuda de um especialista que lhe diagnosticou demência.
Em declarações ao jornal Metrópoles, o neurologista Carlos Enrique Uribe, do Hospital DF Star, no Brasil, afirma que o principal sintoma do Alzheimer é a perda de memória, mas a doença pode causar sintomas menos comuns, como ansiedade e depressão, dependendo da região do cérebro afetada.
Eis cinco sinais bizarros que, segundo o especialista, podem indicar Alzheimer:
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1- Dar dinheiro a estranhos
Pode acontecer se a doença afetar o córtex pré-frontal ventromedial e orbitofrontal, regiões do cérebro rsponsáveis pela tomada de decisões.
2- Mudanças repentinas de humor
"Uma pessoa que costumava ser emocionalmente estável e não tinha problemas psiquiátricos e que começa a ter mudanças repentinas de humor aos 60 anos deve encarar esta alteração mudança como um sinal de alerta e procurar ajuda médica", recomenda Carlos Enrique Uribe.
3- Fazer escolhas desastrosas de moda
A dificuldade em combinar peças e o uso de roupa inadequada para o ambiente podem ser indicadores de Alzheimer. O ideal é procurar um especialista para despistar problemas cognitivos.
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4- Estacionar mal o carro
O Alzheimer afeta a capacidade motora, o que pode refletir-se, por exemplo, na forma como o doente estaciona o carro. Alguém que antes conduzia bem, mas passou a estacionar o carro torto sem motivo aparente deve encarar este comportamento como um sinal de alerta.
5- Dizer muitos palavrões
"Uma pessoa que não dizia quaisquer palavrões à frente de crianças, mas que aos 60 anos começa a falar obscenidades, deve investigar esta mudança repentina de comportamento", recomenda o neurologista.
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Recorde-se que demência é um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças, como o Alzheimer - segundo a rede de saúde CUF, representa cerca de dois terços de todos os casos -, que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço.
A Organização Mundial da Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo e prevê que este número possa chegar aos 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões.
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