Barry Bogin da Universidade de Loughborough, no Reino Unido, estuda o crescimento dos seres humanos ao longo de quase cinco décadas. Recentemente, graças a uma nova análise, o antropólogo biológico sugere que não são apenas os genes, a alimentação ou o exercício físico que determinam o desenvolvimento físico das crianças.
Isto significa que, além de um estilo de vida saudável, as crianças precisam de esperança, amor e felicidade para crescerem, afirma especialista.
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De acordo com o especialista, citado na SkyNews, não ser amado pelos mais próximos e não ter qualquer esperança no futuro, causa "stress emocional tóxico" capaz de prejudicar o corpo, "incluindo o bloqueio das hormonas necessárias para o crescimento e a altura".
Sim, "a espécie humana exige fortes laços sociais e emocionais, ou seja, amor, entre pessoas mais jovens e mais velhas (e) de facto entre pessoas de todas as idades", afirmou.
Explica ainda que "estas ligações são necessárias para promover quase todas as funções biológicas, como a digestão e absorção dos alimentos pelo organismo, um bom sistema imunitário e uma felicidade geral e uma perspetiva positiva da vida."
Ofereceu ainda exemplos que comprovam as suas afirmações. Então, segundo o antropólogo, "o Guatemala, onde os cidadãos vivem na incerteza, na agitação política e estão expostos à violência, tem algumas das pessoas mais baixas do mundo, enquanto os Países Baixos, que têm políticas de apoio à assistência social e à segurança dos seus cidadãos, têm algumas das pessoas mais altas".
Para chegar a estas conclusões, o especialista O Professor Bogin analisou os registos históricos da altura ao longo de quase dois séculos, desde o século XIX até à década de 1990.
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