Imagine este cenário: está a entrar na creche, infantário ou na escola, de mão dada com o seu filho, e, no momento da despedida, a criança irrompe em choro. Todos os dias. É o pesadelo de todos os pais. E é completamente normal que tente todos os métodos para acalmá-lo. No entanto, pedir-lhe que pare de chorar não deve ser uma hipótese.
"Chorar é uma resposta emocional" que "envolve uma série de alterações cerebrais, ao nível do córtex pré-frontal", começa por explicar a psicóloga Débora Bento Correia, numa publicação feita na rede social Instagram. Através das lágrimas, "expulsamos do nosso corpo um mineral que impacta diretamente o nosso humor - manganésio - assim como outros químicos, ajudando a diminuir o stress".
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A especialista indica que existem estudos que afirmam que "o choro pode originar a libertações de endorfinas que contribuem para o alívio da dor e diminuição da tensão emocional". "Quando choramos, o nosso cérebro liberta ainda hormonas, como a oxitocina e prolactina, que estão associadas a sentimentos de conexão social e empatia", acrescenta.
Por tudo isto, quer sejam miúdos ou graúdos, "chorar não é uma fraqueza". "É uma forma de expressão quando estamos perante emoções fortes e uma forma perfeitamente saudável e ajustada de nos autorregularmos", remata.
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