Afinal, suprimir os pensamentos negativos pode melhorar a saúde mental
É a conclusão de uma investigação feita, recentemente, em Cambridge, no Reino Unido.
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Sim, normalmente, todos os indivíduos são aconselhados a expressar os pensamentos negativos, algo que supostamente tem um impacto significativo na saúde mental. Mas, uma nova investigação de Cambridge, no Reino Unido, sugere que o contrário, ou seja, suprimir estes pensamentos tem mais vantagens.
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Para chegarem a estas conclusões, os investigadores treinaram 120 voluntários, em todo o mundo, e incentivaram todos a suprimir os pensamentos sobre acontecimentos negativos que os preocupavam.
Graças a isto, o estudo, disponibilizado na Science, concluiu que o hábito resultou em pensamentos menos vívidos e, além disso, a saúde mental dos participantes melhorou significativamente. Aliás, os investigadores, citados no Metro, jornal britânico, relataram que uma participante ficou tão impressionada com a técnica que ensinou a sua filha e a sua própria mãe a aplicá-la.
Resultados que foram sentidos em participantes com perturbação de stress pós-traumático. Já nestes indivíduos as suas pontuações negativas de saúde mental diminuíram, em média, 16%, enquanto que as pontuações positivas de saúde mental aumentaram em quase 10%.
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Qual foi a técnica aplicada? Então, no estudo, foi pedido a cada pessoa que pensasse numa série de cenários negativos capazes de acontecer nas suas vidas, nos próximos dois anos. Para cada cenário, tinham de fornecer uma palavra-chave e, além disto, um pormenor importante.
Cada acontecimento foi classificado numa série de pontos: vivacidade, probabilidade de ocorrência, distância no futuro, nível de ansiedade ou alegria em relação ao acontecimento, frequência, grau de preocupação atual, impacto a longo prazo e intensidade emocional. Responderam ainda a questionários.
Depois, através do Zoom, o Zulkayda Mamat, um dos investigadores responsáveis pelo estudo, ajudou cada participante a fazer um exercício de 20 minutos, em que lhes era pedido que pensassem vividamente ou deixassem de pensar num acontecimento. Passados três meses repetiram tudo.
Graças a isto, em ambos os momentos, os voluntários relataram que os eventos suprimidos eram menos vívidos e menos assustadores. Perceberam ainda que começavam a pensar menos nesses acontecimentos.
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