Se é daquelas pessoas que não dispensa o uso de um bom amaciador da roupa, saiba que este produto "utiliza tensoativos catiónicos, que revestem os tecidos de uma película, distendendo e separando as fibras". "Quando secas, estas fibras ficam mais ordenadas e, por isso, dão uma sensação mais macia ao toque. Porém, nem todos os tecidos reagem desta forma", segundo um artigo da Deco - Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor.
A Deco afirma que as mais beneficiados são as fibras naturais com alto teor de celulose, como o algodão, o cânhamo e o linho. "A lã e a caxemira, menos", refere.
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Todavia, "na maioria das peças que vestimos atualmente, compostas por uma mistura de fibras artificiais, como a viscose e o poliéster, o amaciador não tem, contudo, qualquer utilidade por não conseguir acomodar as substâncias catiónicas durante o enxaguamento". "É até desaconselhado em alguns tecidos."
"Uma roupa tratada com amaciador fica com uma finíssima camada na superfície que a torna mais vulnerável a substâncias gordurosas, podendo voltar a sujar-se mais depressa", alerta, acrescentando que "também não se recomenda o uso de amaciador em tecidos impermeáveis ou fabricados a partir de microfibras, dado que pode afetar o desempenho". Os impermeáveis, por exemplo, perdem a capacidade de repelar a água.
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Além disso, "a capacidade de retenção da humidade fica diminuída". Na prática, "prejudica o desempenho de peças cuja principal função é a de absorver água, como é o caso das toalhas de banho ou dos panos de cozinha".
"Em certas peças de roupa, como sutiãs e cintas, o amaciador também reduz a respirabilidade", diz ainda a Deco.
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